De janeiro a junho de 2022, exportação da manga brasileira diminuiu cerca de 17% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram exportadas pouco mais de 66 mil toneladas de manga ao mercado externo.
No ano anterior, a exportação de manga chegou a quase 80 mil toneladas. Devido à queda, a receita diminuiu cerca de 25%.
Os embarques movimentaram em torna de US$ 60 milhões. A partir de setembro, a expectativa é de elevação nas exportações devido à intensificação das atividades de colheita.
Entenda os motivos
O clima mais úmido nas florações é a principal razão. As chuvas na região do Vale do São Francisco, onde está concentrada a produção de manga do Brasil, tiveram aumento.
O excesso de chuvas prejudicou a qualidade do produto – inclusive, foi observada ocorrência de antracnose. Com isso, houve desvalorização da manga brasileira.
Expectativa de exportação da manga
A partir de setembro de 2022, as expectativas são de aumento nas exportações da manga. Confira algumas razões:
- Intensificação das atividades de colheita;
- Tendência de melhora na fitossanidade;
- É o período de maior demanda europeia e norte-americana pela fruta brasileira.
Frutas brasileiras no mercado externo
Apesar de queda na safra nas regiões produtoras, continuidade do conflito entre Rússia e Ucrânia e fechamento de portos na China, as exportações de frutas brasileiras cresceram.
Segundo informações levantadas pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o Brasil conseguiu aumentar em 2% as exportações no primeiro trimestre deste ano.
Limão, fruta mais exportada
No primeiro trimestre de 2022, o País embarcou 250 mil toneladas de frutas frescas para o exterior. O faturamento foi de US$ 196 milhões.
No período, a fruta mais exportada foi o limão, que registrou cerca de 20% de aumento nas vendas.
Uva e maçã têm queda
No caso da manga, foi registrada diminuição nas exportações. O mesmo ocorreu com a uva, que também ficou prejudicada pelo aumento nas chuvas.
Segundo a Abrafrutas, a uva sofreu 59% de perda no volume de exportação e 61% em receita. Do mesmo modo, a maçã também teve problemas de qualidade e de produção.
Vale destacar que a Rússia foi o terceiro maior destino da maçã no ano passado. Com a guerra, praticamente cessaram suas importações de produtos brasileiros.
Assim, os russos deixaram de comprar 700 toneladas no primeiro trimestre. Do total, 84 toneladas são só de maçã.