O impacto do coronavírus no agronegócio brasileiro

Neste contexto atual de pandemia do Coronavírus, uma dúvida é bastante frequente: qual é o impacto da COVID-19 no agronegócio brasileiro?

Essa pergunta é bastante pertinente, pois a doença tem afetado diversos setores econômicos devido às regras isolamento social. Elas são extremamente necessárias nesse momento para evitar a disseminação da doença no mundo.

Atualmente, o Brasil é o terceiro país com o maior número de casos de COVID-19. Só perde para a Índia e os Estados Unidos. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 4 milhões de casos em solo brasileiro e mais de 120 mil pessoas perderam as vidas.

Pensando na importância desse tema, neste post destacaremos sobre o desempenho do setor do agronegócio no período de crise e também discutiremos sobre os possíveis impactos nessa atividade econômica. Continue com a gente.

Como tem sido o desempenho do agro na crise?

Em um ambiente geral, a pandemia atingiu em cheio a economia brasileira. No último trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou uma queda de 9,7%, o maior tombo da história.

Ainda de acordo com a pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se compararmos com o PIB no mesmo período no ano passado houve uma queda de 11,4% na atividade econômica.

Nesse contexto, o ramo agropecuário foi o menos afetado pela pandemia. O setor primário da economia foi o único que apresentou crescimento. Segundo o levantamento, o agro teve uma expansão de 0,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Apesar do crescimento apresentado pelo setor do agronegócio, não podemos afirmar que o segmento não foi afetado pela pandemia. No último trimestre houve uma forte desaceleração do crescimento econômico.

Nem é preciso voltar muito ao tempo para compreender esse fato. Segundo pesquisa realizada pela CNA, o PIB do agronegócio brasileiro apresentou expansão de 3,3% no primeiro trimestre. No período seguinte, devido ao início da pandemia, o crescimento foi de 0,4%, o que representa, aproximadamente, 1/8 da expansão registrada anteriormente.

De maneira resumida, portanto, podemos dizer que o agronegócio tem evitado uma queda ou um desempenho pior do PIB brasileiro, pois é o segmento econômico com melhor desempenho nos dias atuais. No entanto, o setor primário da economia também é afetado pela pandemia da COVID-19.

Quais devem ser os impactos do coronavírus no agronegócio brasileiro?

Resumidamente, podemos dizer que os impactos da COVID-19 no agronegócio brasileiro decorrem das medidas de prevenção (lockdown, isolamento social etc), como destacamos anteriormente.

Isso provoca impactos econômicos devido à queda de demanda, o que já causa o fechamento de várias empresas e contribui para o aumento do desemprego no país. O encolhimento da demanda pode comprometer a capacidade de produção. Isso acontece devido à redução do poder de compra. Considerada a tendência de queda de vendas, há uma tendência de redução na produção de mercadorias.

O agro, por diversos motivos, não deve ser tão afetado em relação aos outros setores da economia. Primeiramente, as decisões do produtor rural são tomadas com antecedência. Além disso, geralmente, as altas e baixas do setor estão pouco relacionadas com os ciclos econômicos.

O setor agropecuário é responsável por disponibilizar alimentos à população. Por ser um produto essencial para a nossa sobrevivência, uma recessão econômica não causa queda na demanda das pessoas por produtos alimentícios. 

Agora, você deve estar se perguntando: o agro não sofrerá nenhum impacto? Não podemos dizer isso. Primeiramente, a alta do dólar pode encarecer os insumos agrícolas. Ainda há o temor de que os chineses possam aumentar a compra de soja dos Estados Unidos e reduzir as importações dos produtos brasileiros. 

Como o comércio local tem ajudado o pequeno produtor?

Além disso, com as restrições de funcionamento dos bares, restaurantes, hotéis, entre outros estabelecimentos, a agricultura familiar foi bastante afetada. Isso porque, em muitas cidades, as feiras livres pararam de funcionar para evitar as aglomerações.

Dessa forma, os pequenos produtores, especialmente aqueles que dependem das feiras para tirar o seu sustento, têm sido muito afetados pela pandemia devido à queda de renda.

Uma medida que tem salvado essas pessoas é o incentivo ao comércio local. A medida visa incentivar as pessoas a fazerem compras dos produtores de sua região. 

Além dessa questão, o CNA/Senar lançou o Guia Feira Segura orientando os municípios sobre como fazer feiras livres e, ao mesmo tempo, evitando o contágio por Coronavírus.

A COVID-19 tem provocado impactos no agronegócio brasileiro. No entanto, apesar de a pandemia causar recessões em diversos países no mundo, o agro tem salvado economia brasileira ao evitar uma queda mais significativa do PIB. É necessário estar atento em relação ao pequeno produtor e aos aspectos ambientais para que o setor primário econômico continue mantendo o bom desempenho no país.

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