A crise hídrica foi a maior preocupação do ano de 2021, dividindo a atenção com a COVID-19. Com o avanço da vacinação e redução de internações e mortes, a atenção do país e dos estados – especialmente do centro-oeste, sul e sudeste – se viraram para o pior período de estiagem do último século.
Tal seca só foi presenciada há mais de 91 anos, assustando especialistas e acendendo bandeiras vermelhas. E, como sempre, um dos setores que mais sentiram esse desastre ambiental, foi o agronegócio, em especial as lavouras de citros.
Impactos da crise hídrica na lavoura dos citros
Todas as lavouras precisam de água para manter a sua produção, qualidade dos alimentos e sua saúde. Porém, a lavoura de cítricos foi especialmente afetada pela seca histórica que atingiu os principais estados produtores dos frutos.
Isso por nosso país ser o maior exportador de insumos de laranjas do mundo e com a crise hídrica, a capacidade de produção foi duramente afetada. Com poucas chuvas, as plantações atrasaram sua florada – o que coincidiu com o pior período da seca, entre setembro e outubro.
Além da redução de 9% na capacidade de produção dos frutos, os agricultores se depararam com mais um triste fato: os frutos estavam consideravelmente menores.
Como prevenir os impactos negativos na minha lavoura?
Infelizmente, o ser humano ainda não aprendeu a controlar o tempo – apesar de já existirem tecnologias em andamento que mostram um futuro promissor. Como as plantações cítricas são extremamente sensíveis, especialmente as condições climáticas, os cuidados devem se redobrar no período de seca.
Os meses de novembro e dezembro trouxeram melhoria relativa, com a volta das chuvas, mas ainda estamos em estado de alerta. Portanto, em relação à chuva, existe pouco a ser feito, sendo necessário investir em tecnologias de irrigação mais independentes e também em estratégias como energia solar.
Mas, especialistas alertam sobre riscos ainda maior nesses períodos de estiagem. A baixa umidade do ar, é período fértil para as pragas e doenças infecciosas nos pomares. Portanto, é preciso voltar as atenções especialmente para esse tópico, realizando inspeções com um tempo menor e apostando em defensivos quando necessário.
Fora esse risco, tempo seco e incêndios são amigos inseparáveis. Com os ramos secos, um foco pequeno de incêndio, pode destruir uma lavoura inteira. Tente deixar o pomar limpo e afaste qualquer item altamente inflamável e que permita conduzir esse desastre.