A agricultura familiar é responsável pela produção de grande parte dos alimentos consumidos no mercado nacional. Além disso, a colheita é bastante útil para alimentar diversas famílias.
Nesse contexto, podemos dizer que além de ter uma função econômica, essa prática também apresenta um relevante papel para nossa sociedade.
Imagino que você deva estar bastante interessado em conhecer mais sobre essa atividade.
Pensando nisso, neste conteúdo explicaremos detalhadamente o que é agricultura familiar, destacamos qual a sua importância e informaremos sobre os principais desafios enfrentados por essa prática no Brasil. Continue com a gente.
O que é a agricultura familiar?
A prática faz referência a qualquer forma de cultivo de terra gerida por familiares e que também emprega membros da mesma família.
A produção de alimentos acontece em pequenas propriedades de terra e ela se destina para subsistência e também para abastecer o mercado interno.
Esse modelo contrasta a metodologia tradicional, pois não há o uso da monocultura e a produção de diversos alimentos na mesma terra. Além disso, a colheita não é destinada para exportação.
Vale destacar que no Brasil a agricultura familiar conta com legislação própria. Trata-se da Lei número 11.326 e ela prevê que é considerado agricultor familiar quem desenvolve atividades na zona rural em pequenas porções de terra (definida de acordo com cada município), emprega mão de obra familiar e tem sua renda relacionada à produção deste estabelecimento.
Nesse contexto, a agricultura familiar é composta por pequenos produtores rurais, assentamento de reforma agrária, comunidades quilombolas e povos indígenas que produzem diversos alimentos como feijão, arroz, milho, mandioca, café, entre outros.
Qual a importância dessa prática?
Por diversos motivos, a agricultura familiar é fundamental para a economia e a sociedade brasileira. Primeiramente, essa metodologia contribui para a adoção de práticas produtivas sustentáveis. Isso acontece por causa da diversificação do cultivo e também devido ao uso consciente do solo e do meio ambiente como um todo.
Além disso, é importante destacar que o consumo de alimentos derivados da agricultura familiar favorece o desenvolvimento dos mercados locais e eles se tornam viáveis para o produtor rural.
A agricultura familiar ainda favorece o desenvolvimento de políticas de combate à fome, contribui para o crescimento econômico do país e ajuda a gerar empregos na zona rural.
Quais são os programas de incentivo da agricultura familiar?
Como você pode perceber, a agricultura familiar é fundamental para o desenvolvimento econômico e para a sociedade brasileira como um todo. Nesse contexto existem programas de incentivo a essa prática.
O primeiro deles é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que é financiado pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). O Pronaf busca ampliar e modernizar a estrutura produtiva nos estabelecimentos rurais.
Vale destacar ainda que existem subprogramas que se destinam a públicos específicos. Entre eles estão o Pronaf Mulher, que tem como objetivo financiar as atividades da mulher na agricultura e incentivar o desenvolvimento das práticas agrícolas.
Também há o Pronaf agroecologia e ele incentiva o sistema de produção agroecológico ou orgânicos.
Apesar da existência de alguns projetos com o objetivo de incentivar a agricultura familiar, o governo federal tem congelado investimentos de apoio ao pequeno agricultor alegando não ter mais recursos financeiros destinados para as atividades do setor.
Quais são os principais desafios enfrentados?
Como destacamos anteriormente, a agricultura familiar é responsável pela maior parte dos alimentos que chegam na mesa dos brasileiros. No entanto, esses produtores têm acesso somente a apenas 14% de todo o financiamento destinado para o setor primário da economia e concentram somente 23% das terras agricultáveis do país.
Desse modo, podemos dizer que a desigualdade na distribuição de terra e poucas pessoas concentram grandes porções territoriais. Trata-se de um grande gargalo para a agricultura familiar pois muitos camponeses encontram espaços ilimitados para produzir alimentos e também não tem um incentivo adequado. As modalidades de financiamento, que poderiam ajudar o setor, ainda são restritas no Brasil.
Outro desafio enfrentado pela agricultura familiar diz respeito à expansão do agronegócio. A procura por outras terras que possam ser exploradas visando a adoção da monocultura e a exportação representa uma grande ameaça aos pequenos agricultores e do país.
Além disso, é importante destacar que a crescente busca pelo lucro por parte dos grandes latifundiários representa uma ameaça para as necessidades da população brasileira, do meio ambiente e dos povos tradicionais do Brasil.
Conclusão
Desse modo, podemos dizer que os interesses do agronegócio são diferentes em relação aos do agricultor familiar. O pequeno produtor depende da terra para a própria sobrevivência e produz alimentos destinados ao mercado interno.
O agronegócio, por sua vez, conta com grandes porções de terra, adota a monocultura (produção de um produto na mesma área) e visa a exportação de alimentos para diversos mercados, como o europeu e o norte-americano.
A agricultura familiar é uma atividade de grande relevância para a economia e sociedade brasileira, pois ela é responsável por produzir alimentos que estarão na mesa dos brasileiros.
Nesse contexto, é muito importante entender sobre essa prática e o papel que ela exerce no Brasil.
Vale destacar também que existem diversos programas de incentivo a essa prática. Nesse contexto, é muito importante estimular a expansão dos financiamentos do setor com o intuito de beneficiar diversas famílias, para a geração de mais empregos no campo e também ajudar a assegurar segurança alimentar, ou seja, garantir comida na mesa de milhões de brasileiros.
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