Produtores da cidade de Petrolina, no interior de Pernambuco, estão deixando de exportar frutas por conta de um importante detalhe técnico: a falta de embalagens.
Essa questão tem gerado diversas perdas e prejuízos, especialmente para os pequenos e médios produtores. Mais de 240 toneladas deixaram de ser exportadas por causa da falta de embalagens de papelão.
Não é segredo para ninguém que a agricultura é uma atividade econômica de grande importância para o Brasil.
Com esse prejuízo, toda a atividade econômica do interior de Pernambuco fica prejudicada e várias famílias sentem os prejuízos direta ou indiretamente.
Por que é preciso ter embalagens próprias para exportar frutas, em específico a manga?
Para exportar a manga é necessário contar com embalagens de papelão. Desse modo, torna-se possível manter a qualidade da fruta por mais tempo e assegurar a devida ventilação, inclusive nas viagens mais longas a outros países.
Por causa da ausência de embalagens que são utilizadas com a intenção de fazer a armazenagem do produto, mais de 240 toneladas de manga deixaram de ser exportadas.
Além disso, muitas frutas já passaram do ponto e estão se perdendo há mais de um mês.
Nesse contexto, pequenos e médios exportadores estão sendo os maiores prejudicados, pois eles estão perdendo receitas e também acumulando prejuízos devido aos gastos necessários para assegurar uma boa safra.
Além disso, os produtores estão perdendo uma oportunidade de exportar a fruta devido à valorização do dólar e do euro perante o real.
Nesse contexto, a exportação de diversas mercadorias tende a ficar mais facilitada, pois os produtos brasileiros chegam mais baratos no mercado internacional, ou seja, tornam mais competitivos no exterior.
O que os produtores estão fazendo nesse cenário de exportar frutas?
Como você pôde perceber, produtores do interior de Pernambuco estão deixando de exportar a manga por causa da falta de embalagens. Nesse cenário, eles estão focando os esforços no mercado nacional.
Isso porque, as distâncias são menores e não há tanta necessidade de ventilação em embalagens específicas, como as de papelão. Nessa situação, os pequenos e médios produtores estão trabalhando com a venda do produto a granel, ou seja, sem a embalagem.
A fruta consegue manter a sua qualidade em menos dias, no entanto, nesse caso, devido às pequenas distâncias (especialmente se considerarmos em escala regional) é possível comercializar o produto pensando no mercado interno. Desse modo, há a redução de prejuízos por parte dos produtores.
Quais os prejuízos para a economia local?
A exportação de manga é uma das principais atividades econômicas do interior do Pernambuco. Nesse contexto, o fato de os produtores deixarem de comercializar a fruta para o mercado internacional gera muitos prejuízos na economia regional.
Primeiramente, diversas pessoas perdem empregos e, ao mesmo tempo, novas oportunidades de trabalho deixam de ser geradas. Isso causa até outros problemas socioeconômicos, como a diminuição da capacidade de consumo por parte de muitas famílias, o que contribui para desaquecer a economia regional como um todo.
Com a diminuição das receitas, os produtores terão menos capital para investir na expansão da atividade agropecuária. Desse modo, eles tendem a perder oportunidades que possam surgir no mercado. Além disso, a safra atual está comprometida na próxima pode sentir os efeitos devido às questões financeiras.
Essa questão se agrava ainda mais no cenário atual de pandemia do Coronavírus. Isso porque, diversas atividades econômicas já estão sofrendo restrição conta das medidas necessárias de isolamento social. Desse modo, muitas pessoas já têm perdido empregos e renda. A problemática da falta de embalagens agrava ainda mais a economia regional.
Qual a importância da agricultura para a economia local e nacional?
O setor agropecuário tem se mostrado fundamental para o desenvolvimento da economia regional e também de todo o país. Por esse motivo, podemos considerar essa atividade fundamental para o crescimento do Brasil.
Nos últimos trimestres, no entanto, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro têm apresentado retração. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia brasileira encolheu 9,7% no 2º trimestre de 2020 em relação ao período anterior. A queda da atividade econômica ocorreu justamente por causa das medidas necessárias para conter a pandemia do Coronavírus.
Apesar de todas as dificuldades que ocorrem atualmente devido ao cenário pandêmico, o setor agropecuário ainda sim apresentou expansão. A agropecuária obteve uma variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2020.
Nesse cenário, podemos dizer que o setor primário da economia nacional ajudou a evitar uma queda maior da atividade econômica no Brasil, ou seja, ajudou a mitigar os prejuízos causados pelo cenário atual.
Quais são as perspectivas do setor agropecuário?
De forma geral, o setor agropecuário é um dos setores econômicos que tem sofrido com os efeitos da pandemia. Isso porque, as pessoas precisam se alimentar e por isso, o consumo de produtos derivados do setor agropecuário tem sido pouco afetado pelo cenário atual.
Nesse cenário, podemos dizer que a demanda no mercado nacional e também no internacional tem se mantido constante em relação às diferentes commodities do ramo agropecuário.
Por esse motivo, apesar de algumas adversidades que podem acontecer eventualmente às perspectivas são bastante positivas para as diferentes atividades desenvolvidas no setor primário da economia nacional.
Trata-se de uma ótima notícia para economia brasileira, pois diversas regiões do país dependem exclusivamente do setor agropecuário para gerar empregos à sua população. Além disso, a agricultura tende a ajudar a mitigar os prejuízos causados pelo cenário pandêmico atual.
Como é possível perceber, diversos produtores têm perdido a oportunidade de exportar frutas por causa da falta de embalagens. Eles estão perdendo receitas e isso tem feito com que várias pessoas percam empregos. Essa problemática acontece justamente no setor que tem ajudado a mitigar os impactos econômicos causados pela Covid-19.
No entanto, apesar das adversidades existentes no cenário atual, as perspectivas são muito positivas para toda a atividade agropecuária no Brasil nos próximos trimestres.