O greening, ou Huanglongbing (HLB), é hoje uma das doenças mais graves que ameaçam a citricultura mundial. Causado por bactérias transmitidas pelo psilídeo, o problema compromete a produtividade, reduz a vida útil das plantas e pode inviabilizar pomares inteiros se não houver um manejo eficiente.
Embora novas tecnologias de detecção estejam em desenvolvimento, a inspeção visual no campo continua sendo uma das ferramentas mais importantes para o monitoramento do greening. A observação atenta dos sintomas permite identificar plantas suspeitas ainda em estágios iniciais e agir rapidamente, reduzindo a disseminação da doença.
Neste artigo, vamos mostrar como reconhecer os sinais típicos do greening na lavoura e quais ações tomar diante da suspeita, ajudando o produtor a proteger sua safra com mais eficiência.
O que é o greening e por que monitorar?
O greening, também conhecido como Huanglongbing (HLB), é uma doença causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e transmitida pelo inseto vetor psilídeo-asiático (Diaphorina citri). Considerada uma das mais destrutivas da citricultura, ela atinge rapidamente grandes áreas quando não há manejo adequado.
Seus impactos vão muito além da redução de produtividade: frutos infectados apresentam deformações, maturação irregular, queda precoce e perda de qualidade para a indústria e o mercado de mesa. Além disso, o avanço da doença compromete a longevidade das plantas, podendo levar ao declínio e à erradicação de pomares inteiros.
Diante de tamanha ameaça, o monitoramento constante é indispensável. A detecção precoce por meio da inspeção visual aumenta as chances de controlar a disseminação, permitindo que medidas de manejo sejam tomadas com agilidade e eficácia, reduzindo prejuízos e protegendo a sustentabilidade do pomar.
Sintomas visuais mais comuns no campo
O greening pode ser identificado por diferentes sinais na planta, que variam conforme a parte afetada:
- Folhas: o sintoma mais característico é o mosqueado assimétrico, em que áreas verdes e amareladas aparecem de forma irregular, sem seguir o padrão das nervuras. Além disso, é comum observar amarelecimento irregular, nervuras engrossadas e, em estágios mais avançados, folhas mais duras e quebradiças.
- Ramos: plantas infectadas apresentam queda precoce de folhas, resultando em galhos depauperados. Também é frequente a seca de ponteiros, comprometendo o crescimento e a estrutura da copa.
- Frutos: os sinais incluem maturação desuniforme, com parte do fruto verde e parte alaranjada, além de deformações externas e presença de sementes abortadas ou escuras. Muitas vezes, os frutos são menores, mais ácidos e de sabor depreciado.
É importante destacar que alguns desses sintomas podem ser confundidos com deficiências nutricionais, como falta de zinco, magnésio ou manganês. No entanto, ao contrário das deficiências, o mosqueado do greening é irregular e assimétrico, não acompanhando a nervura central da folha. Essa diferença é essencial para não subestimar a presença da doença no pomar.
Como realizar a inspeção visual corretamente?
A inspeção visual deve ser realizada de forma sistemática para aumentar a eficiência no monitoramento do greening. O ideal é que os talhões sejam vistoriados com frequência, em intervalos curtos, permitindo a identificação precoce de sintomas e a adoção rápida de medidas de controle.
Em cada área, um número representativo de plantas deve ser inspecionado, garantindo uma amostragem adequada da situação do pomar. Para que o processo seja confiável, é fundamental que as equipes recebam treinamento específico, aprendendo a diferenciar os sintomas do greening de outras anomalias comuns, como deficiências nutricionais.
Além disso, o uso de registros fotográficos e anotações padronizadas é indispensável para documentar a evolução dos casos e orientar futuras decisões de manejo. Essa prática organizada amplia a assertividade do monitoramento e reduz as chances de falhas no diagnóstico.
Estratégias complementares ao monitoramento
Além da inspeção visual no campo, algumas estratégias complementares são essenciais para o manejo eficiente do greening. A confirmação por diagnóstico laboratorial garante precisão na identificação da doença, e o manejo integrado do vetor, aliado a boas práticas culturais, ajuda a reduzir a disseminação no pomar.
Outro ponto crítico é a tomada de decisão: plantas com sintomas confirmados precisam ser erradicadas rapidamente, e o manejo do vetor deve ser integrado a boas práticas de cultivo. Nesse contexto, nossas máquinas de poda se tornam grandes aliadas, pois permitem intervenções mais ágeis, uniformes e seguras, reduzindo a pressão do vetor e colaborando para manter o pomar em equilíbrio.
O papel do monitoramento na longevidade dos citros
A detecção precoce continua sendo a melhor estratégia contra o avanço do greening. O monitoramento constante, aliado a práticas integradas de manejo e ao uso de ferramentas mecanizadas de apoio, é fundamental para proteger a produtividade dos pomares.
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