Expansão da citricultura em MS impulsiona economia e geração de empregos

O Mato Grosso do Sul tem se consolidado como um novo polo da citricultura no Brasil. A produção de laranjas, que antes era dominada por estados como São Paulo, agora ganha força no território sul-mato-grossense.

Esse crescimento não apenas fortalece a economia local, mas também gera novas oportunidades de emprego e desenvolvimento para diversos municípios. Com cerca de 30 mil hectares já cultivados em 11 cidades, a citricultura se tornou um setor estratégico, atraindo produtores e investidores para a região.

No entanto, junto com a expansão da atividade, surge um desafio crucial: a contratação de mão de obra qualificada. O aumento da demanda por trabalhadores, tanto fixos quanto sazonais, exige soluções inovadoras para suprir a necessidade do setor e garantir a continuidade desse avanço. Como o estado pode lidar com essa questão e transformar a citricultura em um pilar sólido de crescimento econômico? Esse é o cenário que vamos explorar a seguir.

Oportunidades de trabalho e desafios na contratação

Com a expansão da citricultura em Mato Grosso do Sul, a demanda por mão de obra cresceu significativamente. O setor requer tanto trabalhadores fixos, responsáveis pelo manejo contínuo das plantações, quanto mão de obra volante, especialmente para a colheita, que ocorre entre os meses de maio e janeiro.

Diante desse cenário, um dos grandes desafios enfrentados pelos produtores e autoridades é a contratação de trabalhadores em número suficiente para atender a essa nova demanda. A expectativa é que a citricultura gere milhares de postos de trabalho diretos e indiretos, movimentando a economia local. No entanto, a oferta de mão de obra qualificada dentro do estado ainda é limitada, o que torna necessária a busca por alternativas para suprir essa necessidade.

Uma das estratégias em estudo pelo governo estadual é a contratação de trabalhadores indígenas que atualmente se deslocam para o Sul do país para atuar na colheita e poda de maçãs. Segundo Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), há um esforço para direcionar essa mão de obra para a colheita de laranjas dentro do próprio MS, garantindo oportunidades de trabalho para essas comunidades e reduzindo a dependência de trabalhadores de fora do estado.

“O volume fixo e a mão de obra volante que vai colher essa laranja no período de maio a janeiro são números que a gente não tinha previsão no Estado em termos de geração de mão de obra. Provavelmente, boa parte dessa mão de obra vai vir de fora e a gente pretende também fazer uma negociação para aquela mão de obra indígena que vai para o Sul do País para a colheita da maçã e da poda da maçã, passa a ser utilizada na colheita de laranja no Estado de Mato Grosso do Sul, gerando oportunidade de trabalho para essas pessoas”, explicou Verruck em entrevista ao Campo Grande News.

Regulamentação rigorosa e controle fitossanitário

Outro fator determinante para o avanço da citricultura no estado é a sua política rígida de combate ao greening, uma das doenças mais devastadoras para os pomares de laranja. Diferente de outras regiões que adotam o uso de defensivos para conter a propagação da doença, Mato Grosso do Sul optou por uma abordagem mais restritiva, com tolerância zero ao greening.

A fiscalização é realizada pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), que alerta produtores e a população sobre os riscos da compra de mudas irregulares e a necessidade de erradicação imediata de árvores contaminadas. Esse controle rigoroso tem atraído investidores que buscam um ambiente mais seguro para suas plantações, reduzindo o risco de prejuízos causados pela doença.

O caminho da citricultura no MS

A expansão da citricultura em Mato Grosso do Sul já está trazendo impactos positivos para a economia local, gerando empregos e atraindo novos investimentos para o estado. Com 30 mil hectares cultivados e uma demanda crescente por mão de obra, o setor se fortalece como um motor de desenvolvimento para diversas regiões.

No entanto, para consolidar Mato Grosso do Sul como um novo polo citrícola de referência, é essencial superar desafios como a qualificação de trabalhadores, a infraestrutura de irrigação e energia, além da instalação de indústrias de processamento. Com políticas públicas favoráveis, regulamentação fitossanitária rigorosa e incentivos ao setor, o estado tem tudo para se tornar um dos grandes protagonistas da produção de laranjas no Brasil.

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